[ESTUDO] A triste verdade sobre o uso dos transportes públicos em Lisboa...

Numa altura onde se tem falado muito de transportes nos últimos tempos, seja em termos de sustentabilidade (na COP21 em Paris ou no facto que os transportes urbanos passaram para a tutela do Ministério do Ambiente), seja nas privatizações / subconcessões (Carris, TAP, ...) ou restruturações (em particular a Segunda Circular em Lisboa), queremos participar na divulgação de um estudo realizado pela AMTL (Área Metropolitana de Transportes de Lisboa) e o ISCTE (Instituto Universitário de Lisboa) sobre o uso dos transportes públicos na capital.

E apesar de não ter sido feito um novo desde de 2014, acreditamos que não há muitas razões para estes números terem mudado muito, portanto vamos aos principais:

• 6 em cada 10 moradores na Grande Lisboa NÃO usam transportes públicos

Percebe-se facilmente o complicado dilema do governo quando os investimentos feitos, os custos de manutenção das infraestruturas e o número de pessoas que trabalham no sector dependem (também) da "rentabilidade" dos seus metros, autocarros, comboios ou barcos.

• As principais razões para NÃO usar os transportes públicos: a comodidade de ter um carro, a perda de tempo nas deslocações...

Estas são de facto algumas razões que nos levaram a desenvolver o serviço Empresas à Boleia: se por um lado ter um carro dá uma certa impressão de "liberdade", usá-lo todos os dias nas deslocações "casa - trabalho" aumenta geralmente susbtancialmente os custos... a não ser que estes, tal como os trajetos, sejam partilhados de modo a poupar 50, 100, 200 euros ou mais por mês (ver a entrevista do Marco que poupa cerca de 260 euros por mês graças ao carpooling).

Quanto a perda de tempo nas deslocações, é verdade que certos trajetos (como Alverca - Lisboa por exemplo) podem demorar 1h ou 1h30 em transporte público (devido as mudanças comboio / metro / autocarro) enquanto o mesmo trajeto de carro se faz em cerca de 25 - 30 minutos de carro...

• ... e o próprio custo dos transportes públicos é apontado como muito alto.

As greves e as "sardinhas em lata" (?!?) também estão ligados a imagem dos transportes públicos lisboetas.

Para mais informações, podem ver o artigo publicado em Observador.pt.